quarta-feira, 22 de junho de 2016

SANTARÉM... TERRA QUERIDA!

Orla
Catedral Metropolitana
Hoje Santarém está comemorando 355 anos. Por ter nascido, e ainda ter meus familiares residindo naquela maravilhosa cidade, também venho prestar minha homenagem ao lugar o qual vivi minha infância e relembro dos momentos felizes pelo qual passei. Do Google peguei fotografias e o vídeo com belas imagens, e com meu amigo Ray Brito cantando uma das mais belas músicas em homenagem a nossa terra querida; do face, mais uma vez, usufruo da crônica do “poeta da casa”, o tio /cunhado Emanuel Fugueira: Hoje, faço das minhas reminiscências uma homenagem a "Terra Querida":
Desde os Tupaius (ou Tapajós) até hoje ela segue bonita, apesar das mudanças promovidas pelo tempo.
Museu João Fona
Busco na minha memória as lembranças de um passado longínquo e vislumbro as pequenas casas de madeira, lado a lado; as casas de comércio, que vendiam produtos industrializados, e aquelas que compravam variedades das especiarias amazônicas para revender; as canoas dos pescadores fundeadas com uma pedra como âncora; os poucos barcos a motor que passavam em frente à cidade; o trapiche; os navios ao largo com as catraias indo e vindo...
Existia o Castelo, onde, nos dias nublados ou nas tardes ensolaradas do verão amazônico, ouviam-se anúncios, propagandas e música.
Havia Isoca, Wildes, Rodrigues dos Santos, Felisbelo Sussuarana, Dom Tiago, o irmão Jose Ricardo...
Porto
A velha Matriz, como um gigante ancestral, sobressaía no espaço sem prédios altos ou torres de comunicação. As ondas curtas da Rádio Clube de Santarém transmitiam o programa “A hora da onça beber água”. E, depois de um tempo, as ondas médias da Radio Rural levavam notícias ao mais longínquo lugar deste Oeste do Pará.
Os bairros Aldeia e Prainha vangloriavam-se, pacificamente, do que eram.
São Francisco e São Raimundo eram as paixões dos desportistas. Veterano e Morango faziam a festa nas tardes de domingo, em disputas memoráveis no bairro da Aldeia.
Antes, o desenho frontal da cidade era feito de praias. Belas praias!
Orla

Durante a enchente esse desenho sumia, e, naturalmente, a água chegava às portas das casas que ficavam na frente da cidade, adentrava nas ruas sem asfalto, molhando a areia e fazendo a diversão das crianças e dos adultos; durante o verão, como um negócio pré-acertado, a água descia, dando lugar novamente às praias e aos campos de futebol improvisados. Toda tarde, várias turmas formavam seus times e brincavam até o anoitecer para, em seguida, em corridas de porfia, jogarem-se nas águas límpidas do velho Tapajós.
A vida era mais curta, sem a magia da web. Havia apenas um cinema. As roupas de marca eram poucas e sem apelação consumista. Assim, a vida seguia simples e própria para aquele tempo. Tudo era diferente, porém, creio eu, inerente àqueles dias.
Santarém, desde sua mais tenra idade, acolheu muito bem todos que aqui chegaram para buscar melhorias, para conhecer ou para passear. Naquela época, depois da Capital, era a cidade que oferecia mais oportunidade para melhorar de vida. E foi assim que muitos vieram e por aqui ficaram.Ainda hoje, depois de conhecer Santarém, muitos retornam para ficar, apaixonados pela vida pacata, pelas nossas florestas, pelos dois rios, pelos igarapés, pelas praias e pela Virgem da Conceição. Aqui desenvolvem seus trabalhos, constituem suas famílias e, por criar esses vínculos, permanecem nesta cidade como filhos adotivos.
O povo assim mesclado evoluiu, construiu, transformou e fez o que a "Pérola do Tapajós" é hoje.
São 355 anos para minha Santarém
E hoje, mais uma vez envaidecido, mocorongo ou santareno, sou como todos os filhos que amam esta terra e "não permitem que ninguém fale mal de Santarém”.
VIVA NOSSA PÉROLA DO TAPAJÓS!

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