sábado, 18 de junho de 2016

CRÔNICA DA SEMANA: PLAY AGAIN

Sinceramente, eu gostaria que o dia tivesse mais de 24hs. Há muita coisa para ser feita e acabamos atropelando a vida pessoal na profissional, acelerando tudo e ao mesmo tempo compactando tudo para que esse TUDO caiba num dia.
Nesses dias corridos fui indagado por uma de minhas leitoras sobre os motivos de não ter mais escrito a crônica da semana. Expliquei que estava muito atarefado mergulhado em investigações, pesquisas, oitivas, inquéritos e estudos. Disse-lhe que me faltava tempo, contudo, paralelamente, informei que estava escrevendo outro livro e ainda selecionando, revisando e montando o de crônicas publicadas no blog.
Ela então me indagou:
- É outro de amor?

Eu disse:
- Não sei, porque ainda não cheguei ao final. Se tiver um final feliz será de amor.
Ela junto com suas amigas, no meio da rua, tamanha 7hs da manhã, me disse:
- Espero que tenha um final feliz, igual “Coração Tatuado”.
Foi quando percebi que o amor nunca esteve fora de moda. Pessoas gostam de finais felizes, e minha intenção não era dar um final feliz para Julia e Juliano em Para Sempre, este título provisório. Só que vejo que, embora seja muito clichê, as pessoas gostam de finais felizes.
E me lembrei de um dos capítulos de “Coração Tatuado”, chamado Telefone, em que dois corações aflitos, apaixonados sozinhos em descompassos, aguardavam do outro lado da linha, mas o telefone somente tocava e nada acontecia. Verdadeiro amor de novela, com beijos emergentes, urgentes, profundos e infindáveis, que deixa seus amantes bobos, lesos e anestesiados. Amor que cura, que faz a gente sair do psicanalista. Amor que adoece e cura. Amor que faz a gente gemer mais do que porta de filme de terror. Amor de toda hora.
Naquele dia, minhas leitoras e atletas da Praça Cívica de Rurópolis, antes de irem me fizeram fazer uma promessa.
- Doutor, então mude esse final no livro, não queremos finais tristes. Promete?
E eu disse:
- Prometo. Acreditem num final feliz. É quem não quer um Happy End?
E eu fui e nos meus rabiscos montei um diálogo alternativo com um final feliz. Tive que falar e sentar a mesa com meus quatro redatores que me ajudam a me dividir junto às horas para que TUDO no final dê certo. O interessante é que amamos nossos personagens, sejam eles os de ontem, os de hoje e os de sempre, e ao som de “As Time Goes By”, de Louis Armstrong, sem querer dei um final alternativo a Julia e Juliano. Eles mereciam.
 E disso tudo tirei uma lição que para todo “Game Over”, existe um “Play Again”, o nome disso é Vida.
E termino a crônica da semana, com a música na cabeça e no ritmo do coração, cantarolando baixinho e bem suave:
“You must remember this
A kiss is just a kiss, a sigh is just a sigh
The fundamental things apply
As time goes by (…)”

Entre o real e o imaginário, a verdade e a fantasia, com tempo ou sem tempo, encerro a crônica da semana. Fiquem com Deus e até semana que vem. Ary Vital Filho.


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