quinta-feira, 8 de maio de 2014

INCIDENTE DE PERCURSO

Tiago, seu filho, IPC Hercules e DPC Ary Vital
Incidente de percurso o que significa? Segundo o “pai dos burros”, antes chamado de “Dicionário”, hoje de “Google”, trata-se de evento ou acontecimento imprevisto e desprovido de maior importância ou fato inconveniente ou desagradável, contudo, me perdoe o “Google” ou o “Aurélio”, a última afirmativa não procede. A vida é mesmo interessante, um fascinante mistério. Lembro quando tomei posse do cargo de delegado de Polícia Civil do Estado do Pará e fui lotado no município de Rurópolis. Ei, peraí! Rurópolis, onde fica? Vamos ver no mapa. Pensei: Hum...Tenho que pegar um avião até a cidade de Santarém e depois uma condução até a cidade. E se eu for de barco? Barco, não, vai acabar desistindo, então, se é para partir que seja logo. Mesmo com as malas prontas e passagem comprada eu disse: vou, não vou, vou não, sabe de uma coisa vou. Meus pais realmente não acreditavam que eu partiria, mas sou assim, repentino e intenso. Peço perdão aos grandes amigos que não pude abraçar antes de me despedir. Não fui feito para “Adeus”, mas sim para “Até logo”.  Mas, ainda tive dúvidas, muitas, pois, estava entrando num mundo desconhecido, fora da minha zona emocional de conforto para viver uma história. E acho que contei uma boa história para quem vinha apenas passar uma semana e ficou todo esse tempo. Nossa!!!!!
No primeiro ano do Curso de Direito, em especial, na disciplina Teoria Geral do Estado, aprendi que Niccolo Maquiavel, no livro “o Príncipe”, dizia: “É melhor ser temido do que amado", fase esta somatizada com o incidente de percurso de ontem, que me fez revirar minha caixa de ferramentas emocionais e repensar: “Vale mais ser amado ou temido”. Ontem, depois de um dia exaustivo, digo... Exaustivo mesmo, porque atendi o público no município de Rurópolis e depois me desloquei com o investigador Hércules dos Santos Araújo e com Auxiliar Administrativo Raeudson Costa para cidade de Placas para apurar um crime de Homicídio, ao retornar, já de noite, pela Rodovia Transamazônica, embora todos os cuidados, a viatura acabou batendo num buraco e com a pressão o pneu furou e amassou a jance.

Por sorte, o condutor era bom. Conseguimos chegar até uma  borracharia, localizada na comunidade do Macanã, às margens da Rodovia Transamazônica, a 50 km do centro da cidade de Placas, que embora estivesse fechada, o proprietário com um sorriso no rosto nos atendeu e veio logo dizendo: “Delegado Ariosnaldo, o senhor caiu do céu preciso de ajuda”. Nossa! Sabe aquelas horas que você coloca sua dor no bolso e vai atender a dor do outro? Pois é, minha rotina. Atendi o rapaz numa questão simples para mim, mas tão complexa para ele. E nesta conversa... No blá, blá, blá, ele trocou o pneu, arrumou os danos. Perguntei quanto custava, ele me falou que nada. Apenas queria bater uma foto comigo e divulgar o trabalho na internet. Tiago falou que escuta falar muito do nosso trabalho, falar de mim, do Hércules e dos trabalhos realizados na delegacia e queria me conhecer pessoalmente. Poxa! Presentão do acaso né, pois, mais um amigo que conquistei, graças ao acaso. Então, Tiago Santos Sousa, obrigado pelos préstimos, pela atenção, pela ajuda amiga e pelos elogios, mas, ontem à noite eu que estava precisando de ajuda, pois, com todo respeito e admiração que eu tenho pelos pensadores, mas, Maquiavel nunca me recebeu com um sorriso sincero no rosto e muito menos me ensinou a trocar pneu. Deus te abençoe! Grande abraço do delegado Ariosnaldo Vital Filho.  
RESULTADO: Não saiu nem um picolé para o rapaz...

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